terça-feira, 26 de junho de 2007

Montes claros


Memória de Montes Claros rejuvenescida
É na calada da noite que podemos "ouvir" o silêncio, como se o sereno e ligeiro susurrar do vento nos quizesse contar uma história de outros tempos...Silêncio, informador intimo e intimista aos ouvidos de cada ser inquitado. Já a noite vai longa, mas o bater das espadas ensaguentadas, o ruido da cavalaria exaltada, os gritos de angústia e morte dos derrotados em batalha...esses enchem-me a cabeça com uma estranha euforia, nesta noite calma de verão... Como se o sangue derramado fosse o mesmo que me corre nas veias, como se o meu coração sentisse os ritmos acelarados dos destemidos combatentes. Em Montes Claros, no dia 17 de Junho de 1665 ás 9 horas da manhã, os campos foram aquecidos com uma batalha determinante que se dicidiu ás 6 da tarde do mesmo dia. Sob comando do Marquês de Marialva, o valente exército Português venceu o ambicioso exército Castelhano. Pelas mortes ergue-se a capela de S. Vitória, no local onde tudo se passou ergueu-se um Padrão. Padrão de Montes Claros. Agora, sozinho e emocionado, melancólio mas contudo orgulhoso, sinto e imagino como se de uma recordação se tratasse, como se tivesse presenciado tal feito. Agora, perante a memória eguita em mármore branco trabalhado, ajoelho-me frente a tao notável memorial. De cara lavada, e corpo rejuvenescido, o elegante padrão eleva no topo uma coroa renovadamente bela. A coroa de uma Nobreza eternamente respeitada, a da coragem e sacrificio pela pátria. Viva Montes Claros! Viva Portugal!
Bom trabalho de recuperação, quase,quase acabado, o Padrao tem agora a dignidade que merece. Parabéns CMB, parabéns Pedro Espanhol.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Cine-teatro aberto em Borba

Como muitos queriam, está aberto o cine-teatro. A inauguração pareceu-me à altura e falou-se do essencial. Essencial é de facto a palavra que eu escolho para resumir aquele espaço e as pretenções do executivo camarário. Parece que o que se queria está alcançado. Mas numa vila pequena, atrasada culturalmente e pouco habituada a coisas que façam pensar muito, o essencial será o apropriado? Bem, na minha opinião não faz sentido fazer grandes infraestruturas que não utilizadas e que custam fortunas. Mas fazer um pouco mais que o essencial é estimular o desenvolvimento. E sejamos reais, nos dias de hoje globalizados, temos que pensar mais alto! Avaliação final:
-Óptima recuperação do imovel;
-Bons equipamentos adaptados ao espaço;
-Má funcionalidade para o cinema (apesar do equipamentento de projecção ser excelente a tela é minúscula, e os filmes nem quero imaginar o que por lá vai passar, badajoz linda badajoz, vais continuar a saciar os desejos de quem quer ver cinema, mesmo com traduções merdosas!)
- Para o teatro já dá para fazer umas coisas mais interessantes
- Por fim a mais valia, e para isso realmente a sala é boa, debates, coloquios e afins..
Conclusão, gostei do que vi mas... continua a ser o reflexo de uma população pouco instruida sem haver lugar para quem já quer um pouco mais... Bem sei que esses sao poucos, mas com muitos essenciais acabarão por ser nenhuns...

E para começar bem.... aqui vai a descrição heráldica da nossa "querida" vila!

De prata, com um castelo de vermelho aberto e iluminado do campo, acompanhado por duas sovereiras de verde troncadas de negro saintes de um terrado de negro realçado de verde, cortado de três faixas ondadas, duas de prata e uma de azul, com dois barbos de prata afrontados. Em chefe, uma cruz de Avis de verde, acompanhada de dois crescentes de vermelho.Coroa mural de quatro torres.Listel branco com os dizeres "Vila de Borba", de negro.
Para quem não sabia, fica a saber! Espero levantar temas de conversa em breve, abraços!